quinta-feira, 14 de junho de 2012

Cúpula dos Povos e Cidadania

QUILOMBOLAS

Comunidades Quilombolas, de vários Estados brasileiro, participarão da Cúpula dos Povos.durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre sobre Desenvolvimento Sustentável).

Encontro Nacional da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas” serão espaços para compartilhar saberes tradicionais e defender a cultura e o direito à terra e à água das comunidades.

O líder quilombola Damião Braga declarou recentemente em entrevista  à Agência Brasil que pouco tem sido feito no país no sentido de dar às populações remanescentes dos quilombos a propriedade das terras onde viveram seus antepassados. A titulação é priorizada no papel, mas “em termos de ação objetiva, nada é feito”.

INDIGENAS

Rio de Janeiro - Índios de várias etnias se apresentam na aldeia 'Kari Oca', evento paralelo à Rio+20, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Pela manhã , a Kari-Oca será palco de palestras e debates, e no período da tarde, serão desenvolvidas atividades culturais.
O líder indigena Marcos Terena, idealizador da Kari-Oca,  declarou que o Brasil precisa ter uma política verdadeiramente indigenista, que dê poder aos índios, em cargos de comando no governo, principalmente na Funai (Fundação Nacional do Índio).  .No próximo domingo (17), Terena apresentará, juntamente com outras representações, o documento aos representantes dos líderes mundiais reunidos no Riocentro.

“Na verdade, não existe política indigenista no Brasil. Nós esperamos que as nossas discussões aqui sirvam de política indigenista para o nosso país. Temos que construir isso para que o índio seja parte do processo.

A Funai já teve todo tipo de presidente, militar, antropólogo, indigenista, representantes da igreja, menos índio. Se é para errar, deixa o índio mostrar se tem capacidade de exercer o poder, não só de ser considerado um problema. Exigimos esse reconhecimento.”

“Nós estamos participando da Rio+20 para servir de testemunhas e fazermos pressão para que os governos comecem a prestar atenção na gente. Não precisamos de uma política social de dependência. Precisamos aprender que nem tudo depende dos governos, mas também da articulação e capacidade da sociedade de construir o futuro.”

Terena denunciou a situação de violência vivida por diversos índios, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por conta da expansão agrícola imposta por grandes produtores rurais sobre as terras indígenas. “Alguns povos vivem uma crise muito grande de violação de seus direitos, inclusive com pessoas assassinadas e sem nenhuma prisão ou resultado de proteção legal. A questão indígena não pode ser transformada em uma questão de polícia.”

Participam da Kari-Oca, aproximadamente  400 índios, de 14 etnias brasileiras e 20 representantes de tribos dos Estados Unidos, Canadá, Japão, México e da Guatemala, estarão presentes índios das etnias Kayapó, Karajá, Assurini, Xavante, Xerente, Guarani Kaiowá, Pataxó, Terena, Javaé, Bororo Boe, Kamayurá, Pareci, Manoki e Guarani.

Fonte:Agência Brasil

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