quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Abaixo assinado contra a eleição de Renan no Senado circula na rede

Um abaixo-assinado contra a eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado se espalha circula nas redes sociais. Até a tarde desta quarta-feira, a petição reunia mais de 100 mil assinaturas. A lista está sendo organizada pelo site Avaaz.

Segundo descrição da própria página, a Avaaz tem por obejtivo “mobilizar pessoas de todos os países para construir uma ponte entre o mundo em que vivemos e o mundo que a maioria das pessoas querem”.

Renan é alvo de denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para apurar denúncias contra o senador pela suspeita de permitir pagamento de despesas pessoais por um lobista.

Fonte Poder Online


Nota do site Avaaz

Ficha Limpa no Senado: Renan Não!

219.874  assinaturas  (até 12h55)

O Senador Renan Calheiros, que acaba de ser denunciado criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República, é o favorito para ser o próximo presidente do Senado. Somente uma mobilização gigantesca pode impedir esta vergonha.

A última vez que Renan Calheiros foi Presidente do Senado, em 2007, ele teve que renunciar após sérias denúncias de que um lobista pagava suas despesas pessoais, paralisando o Senado por meses. A denúncia agora é que para se defender daquelas acusações ele apresentou notas falsas. Após a aprovação da lei da Ficha Limpa e do julgamento do Mensalão o país precisa deixar claro que não aceita mais que a moralidade pública fique em segundo plano.

Antes da denúncia ao STF, Renan era franco favorito, mas agora está surgindo uma forte articulação entre os Senadores contra sua candidatura e uma mobilização popular gigantesca nas próximas 24 horas -- antes da eleição na sexta-feira -- pode enterrar de vez os Planos de Renan. Assine agora essa petição, que foi criada pela ONG Rio de Paz, e ao atingirmos 100.000 assinaturas ela será lida no plenário do Senado por Senadores que se opõem a Renan

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?fp

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Movimentos Anticorrupção fazem protestos em Brasília

Entidades de combate à corrupção no Brasil farão ato público por -Ficha-Limpa para a Presidência do Senado, quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Voluntários do Rio de Paz, ONG filiada ao Departamento de Informação Pública da ONU, a partir das 5h vão espalhar 81 kits de limpeza pelo gramado da Esplanada; vassoura, balde e pano de chão. O ato será encerrado de modo pacífico às 15h, quando será feita por voluntários de todos os movimentos ali representados a lavagem da rampa do parlamento brasileiro. 

Em razão da tragédia em Santa Maria e o clima de pesar em todo o Brasil, os manifestantes trarão no braço uma faixa preta, como expressão de pesar e solidariedade às famílias das vítimas.

O protesto em Brasília está sendo divulgado pelo facebook no seguinte endereço: Protesto dos Movimentos Anticorrupção. Mais de 16 mil pessoas assinaram nos últimos quatro dias a petição por Um Presidente Ficha-Limpa para o Senado: Petição por Ficha-Limpa na Presidência do Senado

As seguintes entidades apóiam a petição e o ato público em Brasília: Instituto de Fiscalização e Controle - IFC, ONG Rio de Paz, Movimento 31 de Julho, Renovadores UDF, Queremos Ética na Política,OCC - Alerta Brasil, Nas Ruas - RJ, Congresso em Foco, Juventude Consciente, Comitê FICHA LIMPA _ DF, OnG Moral, Revoltados On-Line, Nas Ruas - BR, Erga Omes, Associação Diamantina Viva-ADIV, Instituto Soma Brasil, Instituto Atuação, AMARRIBO, Contas Abertas.

"A sociedade brasileira está diante da oportunidade histórica de começar a arrancar pelas raízes o mal da corrupção. A imprensa livre informando e dando voz aos que lutam por um país justo, as redes sociais possibilitando a mobilização social para o protesto pacífico,  e o amadurecimento que está em curso de uma cultura de -acompanhamento e cobrança-, por parte da população brasileira, dos atos dos três poderes da república".


Antônio C. Costa
Fundador do Rio de Paz

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Maternidade é acusada de racismo após texto sobre alisamento

Uma maternidade de São Paulo é acusada de racismo por comunidades negras por conta de um texto publicado em seu blog a respeito do alisamento de cabelo entre crianças. Sob o título "Minha filha tem o cabelo muito crespo. A partir de qual idade posso alisá-lo?", o texto do Hospital e Maternidade Santa Joana abordava o que fazer em relação às "muitas crianças (que) nascem com os cabelos crespos ou rebeldes demais". Segundo o texto, muitas mães recorrem ao alisamento "para deixarem as crianças mais bonitas", sugerindo que não se use formol de jeito nenhum e que "há opções de escovas que podem ser feitas nas meninas de pouca idade sem causar danos". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

"É a forma sutil com que o racismo aparece, não nas intenções, mas na prática", afirmou o advogado Sílvio Luiz de Almeida, presidente do Instituto Luiz Gama, que atua na defesa de negros, minorias e direitos humanos. "É não reconhecer uma característica que é natural dos afrodescendentes, considerando o cabelo como algo indesejado, inferior. Eles podem até dizer que só estão respondendo a uma pergunta, mas estão reproduzindo práticas racistas", criticou. Um casal negro desistiu de ter o filho na maternidade por conta do texto. Ederson Manoel e Daiana Alencar da Silva, grávida de seis meses, haviam visitado o Santa Joana para avaliar a possibilidade de ela dar à luz no local. Por algum motivo, o nome dele foi marcado no post "Cabelinho crespo! Incentivar ou alisar?" que o hospital publicou no Facebook. "Fiquei completamente incomodado com isso. O que eles estão dizendo é: 'Tenha vergonha do seu cabelo crespo'", queixou-se Manoel. Em nota, o hospital disse que "não foi de sua intenção ofender qualquer pessoa" e que o texto tinha finalidade "puramente informativa, com o intuito de orientar as mães no que diz respeito à utilização de produtos químicos em crianças, de acordo com as normas da Anvisa".

Fonte:Terra







quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pequena nota sobre a lógica da suspeição

Um documento oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo causou furor na internet ontem, 23 de janeiro de 2013. Trata-se de uma ordem de serviço expedida pelo Cap. da PM de Campinas, Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, o qual ordena que transeuntes negros e pardos no bairro Taquaral devem ser abordados prioritariamente. 

Acessei esta notícia no UOL e fiquei intrigado com a justificativa dada por um advogado criminalista sobre o conteúdo da mensagem. Em resumo, o advogado diz que a ordem policial se baseia em dados objetivos fornecidos pelos moradores do bairro Taquaral, que informaram o perfil dos assaltantes: homens negros, entre 18 e 25 anos. A polícia, então, expediu a ordem baseada em dados objetivos, visando deter as pessoas que, enquadradas no perfil dos criminosos, estejam circulando pelo bairro Taquaral. 
O que chama minha atenção é a superficialidade com que se atribui a qualidade de suspeito a alguém. A característica principal dos criminosos é a cor da pele: negra ou parda. É baseado nessas características que os policiais vão classificar as pessoas entre suspeitos e não suspeitos: negros e pardos - suspeitos - de um lado; brancos - não suspeitos - de outro.

A polícia utilizou a seguinte lógica: homens negros estão assaltando o bairro. Logo, todos os homens negros e pardos que circulem pelo bairro são suspeitos, portanto devem ser abordados prioritariamente. 

Fiquei pensando se as populações negra e índigena também podem fazer uso da mesma lógica policial. Todos nós sabemos que a expansão intercontinental foi praticada maciçamente por europeus. Italianos, portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses, franceses etc. Todos eles elegeram a violência como instrumento de conquista, sendo desnecessário contabilizar quantos índigenas, africanos e asiáticos foram dizimados e escravizados durante o período mercantilista. Uma característica peculiar é comum a todos esses povos: a cor branca da pele daqueles homens. 

Sim, você está entendendo onde quero chegar. Por isso, pergunto: nós, negros ou índios, temos o direito de nos sentirmos ameaçados toda vez que um branco direcionar o olhar em nossa direção? "Vai que eles voltem a querer dizimar os negros e índios novamente..." - poderia eu pensar.

A minha suspeita é coerente. Homens brancos mataram milhões de negros e índios no Brasil. Logo, todo homem branco que se aproximar de mim é suspeito de querer me matar. Devo acionar o capitão da polícia militar da minha cidade e pedir que ele ordene aos seus homens que protejam a mim e todos os outros negros de homens brancos que circulam pelo meu bairro, todos suspeitos de querer a nossa morte coletiva? 

Baseei minhas alegações em fatos verídicos, largamente documentados e de conhecimento público. Tenho, acho, sérios motivos para crer que todo homem branco que se aproxime da minha casa tenha o desejo de me matar.  

Portanto, sinto-me no direito de fazer uma simples pergunta a todos: se você fosse o capitão da Polícia Militar responsável legalmente por proteger o meu bairro, você emitiria uma ordem oficial para que seus homens abordassem todo e qualquer homem branco que estivesse circulando no lugar que eu resido? 

Se você não emitiria essa ordem é porque você vê nela um conteúdo explicitamente racista e superficial. É assim que eu vejo a ordem oficial emitida pela polícia de Campinas. Ela é racista. E você tem o dever de observar isso.

Fonte:blçog Pedro Paulo

Um jovem negro que passar pelo Taquaral será tratado como "suspeito"

Qual a cor de Carlinhos Cachoeira?
Qual a cor de Carlinhos Cachoeira?

Após ler estarrecida a ORDEM DE SERVIÇO abaixo, assinada por um capitão da PM da cidade de Campinas quero saber como formalizar um pedido de vigilância do mesmo teor para a PM de Campinas.

Quero também formalizar um pedido para que os moradores do Taquaral passem por um curso de reeducação, pedido este baseado na violência histórica que a população negra sofreu numa cidade que é o que é porque foi um centro escravagista.
cida a ORDEM DE SERVIÇO abaixormaliz
Quero uma ordem de serviço que faça a polícia entender que ela existe PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE TODOS e não para ser tratada como capitão do mato a serviço de uma elite de mentalidade escravagista. de Campinas. Quero também formalizar um pedido para que os moradores do Taquara
Nesta ordem de serviço, o capitão do mato, ops! da PM Paulista em Campinas, com seu sobrenome italiano, demonstra a longa duração de práticas e discurso do domínio senhorial dos coronéis e barões de café que habitaram aquela cidade no século XIX: Ubiratan continua a reproduzir a lógica escravocrata que tornou Campinas (com seu rico Taquaral) uma cidade rica: negro é a cor da suspeição, os negros formam a ‘classe perigosa’ quando desejam experimentar a liberdade, quando não podem mais ser mantidos como seres escravizados

É tão inacreditável ler um documento oficial redigido por aqueles que deveriam cuidar de nossa segurança pública e constatar que eles não fazem a menor cerimônia de lombrosianamente classificar pretos e pardos como ‘suspeitos’ que li e reli pra ver se não se tratava de uma montagem.e reeducação, pedido baseado na volência histórica que a sofreu numa cidade que   é porque foi um tro escravagista.

Pensando que 70% dos jovens de 15 a 24 anos assassinados são negros ( a grande maioria sem ficha criminal); pensando que a cor dos filhos chorados pelas mães de maio em sua maioria são negros; pensando que a cor dos chacinados nos Jardins Ângela e nos Capões Redondos das periferias de SP são negros, esta polícia deve considerar que  ’só’ tratar como ‘suspeitos’ pretos e pardos já estarão saindo no lucro.

Trinta anos de neoliberalismo em nosso estado reduzindo políticas públicas, vilipendiando salários, reduzindo segurança pública a policiamento ostensivo de gente mal preparada talvez consiga explicar tamanho absurdo racista.

Fonte: Maria Frô

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pais acusam funcionário de concessionária da BMW de racismo

Um funcionário da Autokraft, revendedora autorizada da BMW, é acusado de ter cometido atitude racista contra um menino de apenas sete anos, no último sábado (12), na loja situada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Em nota enviada ao UOL, a BMW Group afirmou ter tomado conhecimento dos fatos, mas argumentou que "nenhum funcionário seu esteve presente na data do acontecimento", uma vez que o acusado é vinculado à concessionária. Os representantes da Autokraft não foram localizados.

PROTESTO

  • Reprodução/Facebook Página criada por Ronald Munk e Priscilla Celeste no Facebook já foi "curtida" por 7.190 pessoas

Na versão dos pais adotivos do menor, Ronald Munk e Priscilla Celeste --criadores da página "Preconceito racial não é mal-entendido"--, a vítima teria sido confundida com uma criança de rua ao se aproximar do casal. Na condição de clientes, ambos conversavam com o acusado a respeito do interesse na compra de um automóvel.

"Eu e meu marido somos brancos e nosso filho é um menino negro de sete anos. (...) Enquanto olhávamos os automóveis aguardando atendimento, nosso filho assistia TV sentado no sofá. O gerente de vendas da concessionária veio nos atender. Estávamos conversando com ele, quando nosso filho se aproximou de nós.

O gerente voltou-se imediatamente para ele e, sem pestanejar, mandou que ele se retirasse da loja, dizendo que ali não era lugar para ele", afirmou Celeste.

"'Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja'", teria dito o gerente de vendas, segundo a mãe da vítima.
Em face do espanto do menor, que, de acordo com o relato do casal, permaneceu em silêncio, o funcionário teria insistido em expulsá-lo da loja. Questionado por Munk a respeito da suposta atitude racista, ele teria respondido: "(...) Porque eles pedem dinheiro, incomodam os clientes. Tem que tirar esses meninos da loja". Ao ser informado de que o menor era, na verdade, filho dos clientes que estavam à sua frente, o gerente teria ficado "completamente sem ação", segundo Celeste.

"[Ele ficou] gaguejando desculpas atrás de nós enquanto saíamos indignados da concessionária. Nosso filho perguntou porque eles não aceitavam crianças naquela loja e porque tinham uma TV passando desenhos animados se não gostavam de crianças".

Como não houve retratação por parte da empresa nos dias que sucederam o fato, o casal enviou um e-mail para a BMW no qual não só relatava o caráter preconceituoso da atitude do gerente, mas também citava um trecho da Lei 7.716, que regulamenta os crimes de discriminação e preconceito racial.

A empresa respondeu ao e-mail com um pedido de desculpas, prometendo que a concessionária seria notificada e "isentando-se de responsabilidade", na versão de Celeste.
A BMW teria argumentado não estar legalmente autorizada "a exercer qualquer ingerência, influência ou participação nas atividades diárias de qualquer concessionária da rede BMW, quer seja em razão de a BMW do Brasil e as concessionárias serem pessoas jurídicas distintas, quer seja em razão de o artigo 16, da Lei n. 6.729/79 expressamente proibir a BMW do Brasil de adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa dos negócios de suas concessionárias".

Após uma semana, Munk e Celeste receberam um novo e-mail, assinado, segundo eles, pelo dono da concessionária, reforçando o pedido de desculpas e classificando a suposta atitude racista como "mal-entendido". Os pais do menor ficaram ainda mais indignados e resolveram criar uma página no Facebook com o intuito de debater e refletir sobre o preconceito racial.

Em nota, o BMW Group afirmou ter tomado conhecimento dos fatos através de um e-mail enviado pelo pais da vítima, no dia 16 de janeiro, e disse ter solicitado esclarecimentos à concessionária Autokraft através de uma notificação entregue na mesma data.

"O BMW Group informa ainda que nenhum funcionário seu esteve presente na data do acontecimento narrado, não podendo dessa forma atestar a veracidade dos fatos relatados por parte dos clientes, tão pouco da concessionária", informa a nota.

A empresa confirmou ainda que, "apesar de não ter conhecimento dos fatos, em respeito aos seus clientes, enviou mensagem aos mesmos, desculpando-se pelo ocorrido e explicando a sua relação jurídica e comercial com a concessionária".

Ainda segundo a BMW, a legislação proíbe que a multinacional possa "adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa da concessionária e desautoriza a empresa a intervir ou influenciar nas atividades diárias de seus concessionários".

Ordem de Serviço da PM/SP elege negros como alvo de revista

Noticia publicda no site:Afropress

Campinas/SPOrdem de Serviço do Batalhão da Polícia Militar sediado em Campinas, assinada pelo comandante, capitão Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, determina que as abordagens no bairro Taquaral a transeuntes e em veículos em atitude suspeita deveriam ser feitas “especialmente em indivíduos de cor parda e negra com idade aparentemente de 18 a 25 anos, os quais sempre estão em grupo de 3 a 5 indivíduos na prática de roubo a residência daquela localidade”.

A Ordem, de conteúdo abertamente racista, foi assinada no dia 21 de dezembro e deveria ser cumprida daquela data até a última segunda-feira, 21 de janeiro, por todos os policiais encarregados das rondas de serviço nas ruas Castro Alves, Avenida Júlio Diniz, Rua Baronesa Geraldo de Resende e Rua do Oratório nas proximidades do Liceu Salesiano aos sábados no horário das 11h às 14h.
São quatro as equipes encarregadas pelo patrulhamento ostensivo e preventivo nesses locais – a A, B, C e D – todas com a mesma orientação: a abordagem a transeuntes dirigidas especialmente a negros em idade de 18 a 25 anos.

Surpreendido com o vazamento do teor racista da Ordem de Serviço, o comando da corporação destacou o capitão Sérgio Marques, que é negro e não pertence ao Batalhão de Campinas, para explicar o caso.
Ao repórter Vinícius Costa, do Jornal da Record, o oficial disse que “o texto foi redigido de maneira equivocada”. “A contextualização de repente não ficou bem clara. E que aquela atuação ela foi o que? limitada a um perímetro determinado, com pessoas determinadas, com um número de pessoas determinado.

Não importa a cor da pele, o que a Polícia Militar proporciona é segurança as pessoas que, indistintamente, vivem no Estado de S. Paulo”, tentou se explicar o porta-voz da PM.

Ele acrescentou que a determinação se referia, especificamente, a uma quadrilha “e que dois indivíduos [cujos nomes não revelou] já teriam sido presos”.

Suspeito padrão

Para o advogado Dojival Vieira, também ouvido pelo Jornal da Record, a Ordem de Serviço reflete a
postura ideológica racista ainda  extremamente arraigada na ideologia da corporação, e que considera o negro suspeito padrão. “O capitão da PM do Estado de S. Paulo assume essa postura discriminatória que se manifesta na ação direta, concreta, nas abordagens, especialmente quando os alvos são jovens e negros”, afirmou.
Segundo ele, não por acaso o Mapa da Violência 2012 mostra que, no Brasil, morrem 2 vezes e meia mais jovens negros do que brancos e se repetem, no cotidiano, as situações em que o negro é o suspeito padrão, alvo preferencial das abordagens. “O que ainda não se conhecia é que havia ordens expressas do Comando da PM com essa orientação”, afirmou. 

Confira o inteiro teor da Ordem de Serviço da PM a que Afropress teve acesso:

domingo, 20 de janeiro de 2013

Presidente Barack Obama faz juramento de seu segundo mandato como presidente

O presidente Barack Obama fez o juramento de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos neste domingo, em uma breve e privada cerimônia na Casa Branca, um dia antes das celebrações públicas em Washington. "Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente que cumprirei fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos, e que farei tudo em meu poder para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos", disse Obama, diante do juiz da Suprema Corte, John Roberts.

A cerimônia foi transmitida pela TV e teve a participação de poucas pessoas, entre elas a família de Obama e alguns jornalistas. O ato durou menos de um minuto.

O presidente fez o juramento com sua mão esquerda sobre a Bíblia da família de sua mulher, Michelle, que segurava o livro. Após a cerimônia, Obama abraçou sua esposa e suas duas filhas Malia, 14 anos, e Sasha, 11 anos, antes de declarar "eu fiz isso".

Obama, o 44º presidente dos Estados Unidos, cumpriu o que determina a Constituição do país, que estabelece que os mandatos presidenciais começam no primeiro dia 20 de janeiro ao meio-dia posterior às eleições, mas voltará a jurar na segunda-feira diante de milhares de pessoas em frente ao Capitólio. O vice-presidente americano, Joe Biden, havia prestado seu juramento de posse momentos antes, no Observatório Naval, em Washington, ao lado da mulher, Jill.

Fonte Terra

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/obama-faz-juramento-de-posse-para-2-mandato-nos-eua,8c45f94748d4c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Governo de São Paulo proíbe polícia de socorrer vítimas de crimes

A partir desta terça-feira (8) todos os policiais de São Paulo que atenderem ocorrências com vítimas graves não poderão socorrê-las. Elas terão de ser resgatadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou pela equipe de emergência médica local.

A decisão do secretário da Segurança Pública Fernando Grella Vieira está em uma resolução que será publicada no "Diário Oficial".

A Folha apurou que o objetivo da mudança no procedimento operacional é, entre outros, evitar que a cena do crime seja alterada por policiais e garantir que o atendimento às vítimas seja feito por profissionais habilitados, como médicos e socorristas. Nesse rol de crimes estão inclusos os que tiveram a participação direta de policiais.

"Mais importante do que socorrer rapidamente é socorrer com qualidade. Nos acidentes de trânsito o policial não pode socorrer. Nos casos de homicídio deve ser assim também", afirmou o coronel da reserva da PM José Vicente da Silva Filho, que discutiu o tema com o secretário.

Nomenclatura

A resolução altera outros dois procedimentos. Um é o da nomenclatura no boletim de ocorrência dos crimes envolvendo confronto com policiais. O termo "resistência seguida de morte", quando a morte é em confronto, será trocado por "morte decorrente de intervenção policial".

A troca segue recomendação do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Fonte: Folha online

Até quando? Violência na periferia de São Paulo

DJ Lah era pai de quatro filhos

São Paulo – Em mais uma chacina envolvendo jovens pobres da periferia de São Paulo, seis pessoas foram assassinadas na madrugada deste sábado (5) e outras três ficaram feridas. Entre os mortos está o cantor de rap Laercio de Souza Grimas, mais conhecido como DJ Lah, do grupo Conexão do Morro. Ele tinha 33 anos e era pai de quatro filhos.

Fonte: Rede Brasil Atual
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2013/01/rapper-esta-entre-vitimas-de-chacina-em-sp

Polícia diz que rapper era alvo de chacina na zona sul de São Paulo

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1211531-policia-diz-que-rapper-era-alvo-de-chacina-na-zona-sul-de-sp.shtml

Polícia esclareceu apenas 1 das 24 chacinas do ano passado

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/policia-esclareceu-apenas-1-das-24-chacinas-do-ano-passado,9e7440213541c310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Mário Soares: Os mercados não podem ser os senhores do Estado

O antigo Presidente da República diz ser necessário colocar os mercados no lugar.

Mário Soares alertou nesta segunda-feira para o fato de os governos estarem reféns dos mercados e avisou que, se não se colocarem os mercados “no lugar”, se pode caminhar para uma “terceira guerra mundial”.
                               
Durante a conferência Portugal no Mundo, no âmbito dos 40 anos do semanário Expresso, o antigo Presidente da República reagiu com pouco otimismo ao discurso otimista do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que abriu o encontro.

"Acho muito difícil que se possa ultrapassar [a crise]. A crise começou nos EUA. São os mercados que governam e os governos não têm margem, porque não querem ter. Se fôssemos eu e [Felipe] González [antigo chefe do Governo espanhol], obrigávamos os mercados a estar dependentes do Estado. Os mercados não podem ser os senhores do Estado e tem de haver regras”, afirmou.

Ao lado de Soares estava o antigo chefe do Governo espanhol Filipe González, que salientou a pouca margem que os governos têm, referindo que "quem manda é Wall Street e a City”, e mostrou-se preocupado com a ausência de um projecto de país para a Espanha.

"Fomos os melhores alunos da união monetária. Em 2007, o nosso défice público não existia. Tínhamos um superavit. Tínhamos dívidas de 30% do PIB. Mas as dívidas das famílias eram de 90% do PIB e as das empresas chegavam aos 160%-170%. E fomos vítimas da bolha especulativa”, afirmou o socialista espanhol.

Além de Mário Soares e Felipe González, participam durante todo o dia nos debates personalidades como Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia; José Ramos-Horta, ex-Presidente da República Democrática de Timor-Leste; Joaquim Chissano, ex-Presidente da República de Moçambique; Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil; António Damásio, professor universitário; Miguel Poiares Maduro, professor de Direito Europeu no European University Institute; e Henrique de Castro, director de operações da Yahoo. 

Fonte: Público 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Quilombolas expõem miséria brasileira

Comunidades obtêm reconhecimento oficial, mas ficam sem posse legal da terra e apresentam índices baixíssimo de desenvolvimento social.

 Um pequeno grupo de quilombolas organizou, na quarta-feira, um protesto ao lado da praia onde a presidente Dilma Rousseff descansava, nos arredores de Salvador, na Bahia. Moradores da comunidade Rio dos Macacos, eles queriam demonstrar à presidente a demora na solução dos conflitos que enfrentam para obter os títulos de propriedade das terras em que vivem.

Protegida por um muro, Dilma, até onde se sabe, não viu nada. Mas, diante dos jornalistas, postados na praia à espera de um aceno ou de uma foto da intimidade presidencial, os quilombolas conseguiram chamar a atenção para um drama que se repete por todo o País: o aumento das tensões decorrentes da demora nos processos de demarcação e titulação de terras.

De um total de 2.002 comunidades legalmente reconhecidas no País, só 138 conquistaram o título definitivo de suas terras - de acordo com os dispositivos da Constituição de 1988. Nos dois anos de governo Dilma, foram expedidos 18 títulos, segundo informações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A titulação das terras é uma das partes mais importantes na solução dos problemas dos quilombolas, mas não a única. Trata-se de um dos grupos populacionais mais vulneráveis do País.

De acordo com números oficiais, existem 214 mil famílias vivendo em localidades remanescentes de antigos quilombos, com quase 1 milhão de pessoas. Desse total, 92% se declaram pretos e pardos e, diz o Ministério do Desenvolvimento Social, 75% vivem em situação de extrema pobreza. Um número alto diante da média nacional, de 8,5%.

Texto completo em:

Fonte: Roldão Arruda/ Estado

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Zeca Pagodinho: "Tem gente chorando na rua, muita destruição.É uma tristeza só"


                             O cantor usou um quadriciclo para ajudar moradores de Xerém  Foto: Daniel Ramalho / Terra                                 
           O cantor usou um quadriciclo para ajudar moradores de Xerém

Foto: Daniel Ramalho / Terra

O temporal que devastou a região central de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não livrou nem mesmo o mais ilustre morador do local. O sítio do cantor Zeca Pagodinho ficou parcialmente alagado, e, segundo o próprio cantor, vários animais morreram em função da chuva. A reportagem do Terra conversou com Zeca quando ele passava de quadriciclo pelas ruas de Xerém em busca de ajuda para vizinhos de seu sítio. O artista contou nunca ter visto uma chuva tão intensa na região.

"Choveu a madrugada inteira, e muito forte. Muito forte mesmo. Tem gente chorando na rua, muita destruição. É uma tristeza só", afirmou o cantor, bastante preocupado e apressado: "Tenho que ir lá, vou buscar ajuda, tenho que ajudar o pessoal". Zeca Pagodinho garantiu que sua família estava bem, mas informou que muitos animais de seu sítio desapareceram depois da chuva. "Morreu cabrito, morreu coelho. Ainda tenho que parar para ver ao certo o que aconteceu", contou.

O cantor disse ter ouvido falar que muitas pessoas estavam desaparecidas. Até o momento, apenas uma morte foi confirmada pela Defesa Civil do Rio. Zeca lamentou a tragédia e garantiu estar pronto para ajudar Xerém no que for preciso. "A situação está muito ruim. Acabou tudo lá perto de casa", comentou.

Histórico de deslizamentos
Em janeiro de 2011, a baixada fluminense enfrentou a maior tragédia climática da história do Brasil. Foram 918 mortos e mais de 215 desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram sete municípios da região. As cidades mais atingidas foram Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.

No ano anterior, em 2010, uma série de deslizamento deixou 30 mortos em Angra dos Reis nas primeiras horas do dia 1º de janeiro. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, matando pelo menos 19 pessoas. No continente, 11 pessoas morreram em outro desmoronamento.

Colaborou com esta notícia a internauta WDebossan, de Duque de Caxias (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. 

Fonte:Terra



 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Em férias na Bahia, Dilma é alvo de protesto de quilombolas

Quilombolas protestam férias da presidente Dilma junto à base militar

Moradores de comunidade na Base Naval de Aratu, onde a presidente descansa, dizem ser alvo de violencia por parte de habitantes da área.

Moradores da Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos, localizada ao lado da Base Naval de Aratu, em Salvador, aproveitaram a presença da presidenta Dilma Rousseff nas instalações da Marinha para protestar, na manhã desta quarta-feira, contra atos de violência que dizem estar sofrendo, por parte dos habitantes da base.

Com faixas, cartazes e apitos, o grupo se reuniu na Praia de São Tomé de Paripe, ao lado do muro que separa o local da Praia de Inema, que integra a base e tem acesso restrito aos militares, e passou a gritar palavras de ordem. "Assim como fizemos no início deste ano ( quando Dilma também descansava na base naval ), viemos alertar a presidenta sobre nossa situação e cobrar ações", conta a líder dos quilombolas, Rose Meire dos Santos Silva, de 34 anos.

A Comunidade de Rio dos Macacos é alvo de disputas entre os moradores e os militares desde a década de 1960, quando a Prefeitura de Salvador fez a doação da área da base para a Marinha. Na década seguinte, 101 casas da comunidade foram derrubadas para a ampliação da infraestrutura das instalações.

No início dos anos 2000, a pressão para que os quilombolas deixassem o local foi intensificada, por causa dos planos de expansão da base. Em 2010, a Justiça baiana chegou a determinar, por meio de liminar, a desocupação da comunidade, mas a decisão foi derrubada, depois de recurso.

A Marinha manteve a pressão, cercando a área e impedindo o livre trânsito no local. Segundo os moradores, militares também têm realizado ações violentas no local, com agressões a habitantes e depredações de imóveis, com o intuito de forçar a saída dos quilombolas da área.

No último dia 18, um militar teria atirado a esmo contra as casas da localidade, sem deixar feridos. Das 160 famílias que moravam na comunidade há cinco anos, restam 90, afirma Rose.

Em julho último, um relatório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu o local como quilombola, delimitando uma área de 301 hectares para seus habitantes. A Marinha, porém, quer que a área destinada aos descendentes de escravos seja de 23 hectares.Não tem esgoto, luz elétrica, educação e, cada vez mais, não podemos mais ir e vir - reclamava uma das moradoras que faziam parte do protesto, Rose Meire Silva.

A socióloga e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Vilma Reis considerou o processo de desocupação como algo viciado: - A Justiça Federal nunca ouviu a comunidade. Nunca houve uma audiência pública, e a comunidade já está há muitos anos no território.

A Marinha não se manifestou sobre a polêmica.

Alheia à manifestação, a presidenta Dilma Rousseff segue sem fazer aparições públicas na base naval - rotina que tem mantido desde que chegou ao local para passar a virada de ano com a família, no dia 28. Segundo a assessoria da Presidência, Dilma ainda não confirmou a data de seu retorno a Brasília.

Fonte: IG

Segurando faixas e cartazes, um grupo de quase 30 pessoas, entre moradores e apoiadores da causa, “repudiaram” a atitude da presidente da República, Dilma Rousseff, que passa o recesso de fim de ano na base naval “com militares que vão contra os direitos humanos e as causas da população negra”.