segunda-feira, 17 de junho de 2013

Onda de protestos cresce e leva mais de 250 mil brasileiros às ruas de norte a sul do país

Mais de 250 mil pessoas participaram de protestos em várias cidades de norte a sul do Brasil nesta segunda-feira (17). A onda de protestos, que nas últimas semanas tinha como foco principal a redução de tarifas do transporte coletivo, ganhou proporções maiores e passou a incluir gritos de descontentamento com várias causas diferentes. Houve registro de confrontos e violência em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Brasília, onde manifestantes invadiram o Congresso Nacional. É a maior mobilização popular do Brasil desde os protestos pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello (hoje senador), em 1992.

Na manifestação de São Paulo, que reuniu 65 mil pessoas (segundo medição do instituto Datafolha) na zona oeste e na zona sul da cidade, por exemplo, ouviam-se gritos de ordem contra a presidente Dilma Rousseff (PT), contra o governador Geraldo Alckmin, faixas contra o uso de dinheiro público nas obras da Copa, protestos contra a PEC 37 (proposta de mudança de legislação que tira o poder de investigação do Ministério Público), contra corrupção, por educação melhor e redução do custo de vida. "O povo unido jamais será vencido", entoava um coro de milhares de manifestantes na avenida Faria Lima por volta das 20h. Por volta das 22h30, um grupo de manifestantes tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/17/onda-de-protestos-cresce-e-leva-mais-de-220-mil-brasileiros-as-ruas-de-norte-a-sul-do-pais.htm

O Brasil protesta por dignidade

Multidão  nas ruas do país: A voz dos sem voz

Milhares de Jovens ocupam as ruas de várias cidades do país, participando de protesto que reivindica passe livre no transporte público e criticam o excessivo gasto de dinheiro público em obras da Copa das Confederações e Mundial.

Durante os protestos é nitida a insatisfação popular, com a representação de políticos, falta de transparencia na gestão pública, apelo por investimentos em saúde, educação,  e contra a corrupção. 

Mais informações em:Site UOL

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/17/manifestantes-invadem-congresso-nacional-em-brasilia.htm

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-06-17/protesto-em-sao-paulo-reune-milhares-e-fecha-faria-lima-av-paulista-e-marginal-pinheiros.html


sábado, 15 de junho de 2013

Comunidades do Rio ameaçadas de remoção disputam a Copa Popular

Os brasileiros poderão acompanhar um campeonato diferente neste final de semana, que passa bem longe do marketing bilionário e dos estádios superfaturados da Copa das Confederações. Comunidades que sofrem com remoções de moradores vão se encontrar para a Copa Popular – Contra as Remoções, que será realizada no sábado, a partir das 10h, na Zona Portuária do Rio. A iniciativa, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, vai mostrar que o futebol é sempre sinônimo de diversão, mas não precisa ser de alienação. Times masculinos e femininos de locais como o Morro da Providência, Santa Marta, Salgueiro, Vila Autódromo e Indiana, entre outros, vão disputar a taça e também protestar contra a exclusão da população de baixa renda do Rio de Janeiro, em nome dos chamados “grandes eventos”.

Fonte: Justiça Global
Integra do texto
http://global.org.br/arquivo/noticias/comunidades-do-rio-ameacadas-de-remocao-disputam-a-copa-popular/

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Repressão brutal" de PM foi "desvio perigoso", diz Repórteres Sem Fronteiras

Responsável pelas Américas da Repórteres Sem Fronteiras disse que vai pedir às autoridades brasileiras para realizarem uma investigação sobre as violências cometidas.

A "repressão brutal" de jornalistas nos recentes protestos em São Paulo contra o aumento das tarifas do transporte público representa, na avaliação da ONG Repórteres Sem Fronteiras, "um desvio repressivo perigoso" e também uma ameaça à liberdade de informação.

Outro lado

Em declaração publicada pela Folha de S. Paulo, o Secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, lamentou os episódios de violência policial na noite desta quinta-feira e afirmou que eles serão apurados. Grella qualificou de “inadmissível” a violência contra jornalistas. “Se ficar caracterizado que o ataque foi deliberado, vai haver responsabilização.”

O pedido de investigação foi enviado à Corregedoria da Polícia Militar.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou que, nos protestos desta quinta-feira, “a imagem que ficou foi a da violência policial” e disse ser correta a decisão de Grella de abrir “um inquérito para apuração rigorosa dos fatos”.

A Polícia Militar de São Paulo não se pronunciou sobre a conduta dos policiais durante o protesto, mas adiantou também que as denúncias de abusos serão investigadas.

Fonte:IG

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-06-14/repressao-brutal-de-pm-foi-desvio-perigoso-diz-reporteres-sem-fronteiras.html

Em nota, Anistia Internacional afirma que direito à Manifestação deve ser assegurado.

A Anistia Internacional vê com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha.
O transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão, entre outros.
É fundamental que o direito à manifestação e a realização de protestos pacíficos seja assegurado. A Anistia Internacional é contra a depredação do patrimônio púbico e atos violentos de ambos os lados e considera urgente o estabelecimento de um canal de diálogo entre governo e manifestantes para que se encontre uma solução pacífica para o impasse

Fonte Yahoo
http://br.noticias.yahoo.com/anistia-internacional-diz-ver-preocupação-violência-manifestantes-rj-230510458.html

Protesto contra aumento da tarifa dos transportes coletivos

Editorial do blog do Skamoto: Chegou a hora do basta

No quarto dia de protesto contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos, o Estado policialesco que o reprime ultrapassou, ontem, todos os limites e, daqui para a frente, ou as autoridades determinam que a polícia não aja feito um animal que baba, ao contrário do que vem fazendo, ou a capital paulista ficará entregue à desordem, o que é inaceitável. Durante sete horas, numa movimentação que começou na Praça Ramos de Azevedo, passou pelo Centro – em especial pela Praça da República e a Rua da Consolação – chegando à avenida Paulista, os policiais provocaram conflitos com os manifestantes, agrediram  jornalistas e aterrorizaram a população.

A violência desmesurada, que tem sido a marca da Polícia Militar do Estado de São Paulo, uma corporação que mantém ranços desenvolvidos durante o último período ditatorial brasileiro, só tem feito aumentar. Por onde passaram, os 900 policiais deixaram um rastro de desrespeito aos direitos humanos – estudantes feridos, pessoas detidas por carregar vinagre (usado no combate à intoxicação das bombas), idosas senhoras que não participavam do ato e até uma universidade atingidas por bombas de gás lacrimogênio. Spray de pimenta foi jogado em um cinegrafista na Praça Patriarca e um policial, de acordo com imagens que aparecem em um vídeo, quebrou o vidro de sua viatura. Para quê, não se sabe. Em algumas das ruas e avenidas por onde passaram, especialmente na rua da Consolação, aterrorizaram a população e lançaram bombas para impedir a passagem dos manifestantes e inviabilizar uma passeata que seguia, até então, pacífica.

Atacada com bombas e tiros de borracha sempre que tentava seguir com a caminhada pacífica, uma minoria nem de longe representativa dos manifestantes devolveu com pedras e paus, sendo que a maioria correu desesperada para longe. Também uma minoria depredou ônibus, lixeiras e fez barricadas com sacos de lixo. 

O saldo foi de 235 pessoas detidas e outros tantos com ferimentos graves, entre eles jornalistas.

A PM agiu com ignorância, ao contrário do que disse o poder público, que a defendeu da truculência para justificar a contenção da manifestação. Num episódio em que isso ficou bem claro, um PM que passava pela rua Augusta, feriu gravemente o rosto de uma jovem repórter do jornal Folha de S.Paulo. Sacou a arma, mirou e atirou com bala de borracha. Outros seis jornalistas do periódico ficaram feridos.

Em suma, foi mais um dia de cão, pior do que os outros na região central, no qual a violência da polícia assustou e comprovou que as leis que garantem os direitos de paulistanos que vivem na cidade não valem absolutamente nada. O comportamento da polícia deixou apreensivos outras centenas de milhares da classe média, que descobriram pela televisão que esse tipo de violência existe. Mas não assustou milhões de moradores da periferia, que experimentam desde cedo a truculência da polícia, que – não raro – os trata – como cidadãos de segunda classe. Ontem, o Centro virou Periferia.

O reconhecimento por parte do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo de que excessos podem ter sido cometidos, assim como a incapacidade do poder público de garantir que sua própria força policial aja de forma adequada, não atenuam a sua responsabilidade pelo fogo que atearam. Embora tenha afirmado que abrirá sindicância para apurar os fatos, o governo mantém a confiança na polícia, mesmo já tendo demonstrado sua incapacidade de lidar com manifestações e seu comportamento em momentos de enfrentamento social. Sabem todos muito bem o que estão fazendo.

A reação do governador Geraldo Alckmin e do prefeito Fernando Haddad às manifestações indica que eles se dispõem a endurecer o jogo. A atitude excessivamente moderada do prefeito cansa a população. Não importa se ele estava convencido de que a moderação era a atitude mais adequada, ou se, por cálculo político, evitou parecer truculento. O fato é que a população quer um transporte público de melhor qualidade e com preço mais baixo – e isso depende de coragem política, coisa que parece faltar.

De Paris, onde se encontrava para defender a candidatura de São Paulo à sede da Exposição Universal de 2020, o governador disse que “é intolerável a ação de baderneiros e vândalos. Isso extrapola o direito de expressão. É absoluta violência, inaceitável”. Depois das cenas de violência desta quinta, espera-se que ele segure seus policiais e determine que a PM aja com o máximo rigor para apurar a selvageria e conter a fúria de alguns de seus policiais, que se mostraram mal-preparados, mal-intencionados e alheios à sua função de proteger o cidadão, antes que esse comportamento violento tome conta da cidade.
Haddad, que se encontrava em Paris pelo mesmo motivo, também foi afirmativo ao dizer que “os métodos (dos manifestantes) não são aprovados pela sociedade. Essa liberdade está sendo usada em prejuízo da população”. Nesta quinta, reclamou da violência policial, mas disse que a tarifa não vai baixar. E o ministro da Justiça de seu partido político, José Eduardo Cardozo, ofereceu ajuda do governo federal para a contenção dos protestos. A gravidade da situação exige que o prefeito esclareça se com isso o seu partido quis dizer que concorda que manifestações populares devem ser reprimidas à bala.

Em tempo: Todos têm direito a ter uma opinião e divulgá-la. Por isso, respeito (praticamente) todas. Mas como percebi que a minha era diametralmente oposta à do jornal Estado de S.Paulo, desta quinta (13), no caso das manifestações contra o aumento no preço da passagemaproveitei o texto do editorial de lá para uma paráfrase. A bem da verdade, o texto é o mesmo, invertendo o “sinal”. Certamente, o Estadão não vai se importar com este exercício de retórica vindo de alguém que respirou gás lacrimogênio na noite de ontem. E como fui informado que boa parte dos jornalistas que lá trabalham também discordam desse posicionamento, acho que estou absolvido.


Fonte: Blog Sakamoto
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/

Líderes da Praça Taskin aconselham brasileiros a manter caráter pacífico e bom humor dos protestos


Líderes dos movimentos que manifestam contra o governo turco, em Istambul, demonstraram ontem solidariedade em relação aos manifestantes brasileiros de São Paulo. Eles aconselharam os paulistanos a manter o caráter pacífico dos protestos e utilizar bom humor.

Os protestos contra o governo turco começaram há cerca de duas semanas. Milhares de estudantes tomaram a praça Taksim e o Parque Gezi em manifestação contra a transformação do espaço em um shopping center e em um prédio militar no estilo otomano.

Seref Olusan, um dos líderes do movimento Solidariedade a Taksim, pediu que os brasileiros se mantenham pacíficos, mesmo diante da violência da polícia. "Nesse tipo de manifestação, é importante manter a calma e o caráter pacífico dos protestos. Não adianta perder a cabeça, por mais que isso seja difícil, às vezes".

Olusan sugeriu que os brasileiros utilizassem o bom humor durante suas manifestações. Segundo ele, isso é importante para demonstrar a diferença de atitude entre eles e a polícia. "Se eles usarem bom humor, vai ficar cada vez mais claro quem é que está errado nesse confronto. Sei que é difícil fazer quando se está sob pressão, mas é necessário", aconselhou o turco.

Outro líder dos manifestantes turcos, Baris Gonilsr, manifestou solidariedade para com os brasileiros. "Quero que os jovens de São Paulo saibam que eles não estão sozinhos. A causa deles é justa e eles devem, sim, se manifestar por seus direitos. Estamos todos juntos", disse Baris.

A liderança turca também enfatizou que os manifestantes brasileiros devem manter o caráter pacífico dos protestos. "Não adianta ser violento. Aqui, toda vez que eles vinham com mais violência, a gente reagia com paz. Isso acabou enfraquecendo o governo, e é por isso que nós vamos vencer. Espero que o mesmo aconteça no Brasil", afirmou Baris.

Fonte: UOL

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/06/14/lideres-da-praca-taskin-aconselham-brasileiros-a-manter-carater-pacifico-e-bom-humor-dos-protestos.htm

Classe Média experimenta o terror que a PM paulista toca na periferia

por Luiz Carlos Azenha

Foi brutal, mas foi didático.

A classe média paulistana — inclusive aquela formada por repórteres da Folha e do Estadão — experimentou na própria pele o comportamento autoritário, brutal e descontrolado da Polícia Militar de Geraldo Alckmin, com a conivência do PT, de Fernando Haddad e do ministro da Justiça, que ofereceu o reforço da Força Nacional.Incitado, ironicamente, pela própria mídia fã da ditabranda.

A PM paulista demonstrou o zeitgeist de sua existência: bater, em nome da segurança nacional, nos mais frágeis. Suprimir a democracia. Barbarizar jornalistas e manifestantes. Usar as armas de que dispõe graças ao financiamento público para atacar o público que a financia.

Em nome de manter a avenida Paulista “aberta ao trânsito”, a PM paulista fechou a cidade de São Paulo.
Se tivesse acompanhado à distância o protesto dos manifestantes, como aconteceu no Rio de Janeiro, a cidade teria sofrido muito menos do que sofreu.

A “demonstração de força”, às custas do dinheiro público, foi bárbara — como podem testemunhar centenas de pessoas que foram atacadas indiscriminadamente pela PM paulista “por estarem na rua”.

O resultado concreto é que, graças à lógica doidivanas da PM paulista, as manifestações do Movimento do Passe Livre — sobre o qual cabem dezenas de questionamentos — só tendem a crescer.
O mais repugnante é ver gente supostamente ligada ao PT e à esquerda posicionada sobre o muro, aguardando um piscar de olhos das “lideranças” para lamentar ou aplaudir o comportamento dos manifestantes.Eles podem errar. O Estado, não.

O Estado não pode torturar, bater ou barbarizar, como fez nos tempos da ditadura militar.
Jovens podem agir de forma irresponsável. O Estado, com o monopólio da violência, não.

Infelizmente, ontem vimos o Estado agir como um jovem irresponsável, disparando bombas, atacando jornalistas e barbarizando transeuntes.

Como na ditadura militar. Vimos, também, o oportunismo de petistas, tomados por uma amnésia profunda sobre os primórdios do próprio partido, nos anos de chumbo em que a mesma PM atuou para abortar o PT e os movimentos sociais.

Fonte: VIOMUNDO      http://www.viomundo.com.br/denuncias/classe-m.html

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2013/06/1294837-a-pm-comecou-a-batalha-na-maria-antonia.shtml

Brasil tem mais de 257 mil crianças no trabalho doméstico

Estudo confirma estagnação do combate à exploração infantil, que teve avanços na década de 1990. No país, 3,7 milhões de crianças e adolescentes trabalham, e especialistas alertam que problema perpetua exclusão social.

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (12/06) apontou que o Brasil tem, atualmente, mais de 257 mil crianças trabalham no setor doméstico tido como uma das piores formas de trabalho infantil. O número confirma uma estagnação no combate ao problema, que, nas décadas anteriores, vinha registrando avanços significativos. A solução, segundo especialistas, passa por mudanças culturais e por investimentos em educação.

Divulgado no Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, o relatório foi feito pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. Ele mostra que a redução do trabalho doméstico em três anos foi pequena.

De 2008 para 2011, 67 mil crianças foram retiradas dessa condição, ou seja: a parcela representava 7,2% de todo o trabalho infantil e baixou apenas para 7%. A predominância no setor continua sendo de meninas (93,7%), e a maioria dos casos foi registrado nas regiões Nordeste e Sudeste.

"O trabalho infantil é multicausal e requer uma intervenção intersetorial. Algumas políticas têm dado mais atenção a esse problema do que outras, como a política de educação que ainda não incluiu esse na sua estrutura", afirma a secretária-executiva do FNPETI, Isa Oliveira. "A família precisa ser conscientizada de que esse trabalho não é a solução para uma condição de exclusão ou de dificuldades, pelo contrário, ele perpetua esse ciclo de exclusão e pobreza."

Na terça-feira (11/06), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou um relatório sobre o mesmo tema. O estudo revela que 10,5 milhões de crianças no mundo prestam serviços domésticos em casas de terceiros, muitas vezes em condições perigosas e análogas à escravidão. Como no Brasil, a grande maioria são meninas (71%).

Fonte: O Povoonline
Integra Texto
http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/dw/2013/06/12/noticiasdw,3073370/brasil-tem-mais-de-257-mil-criancas-no-trabalho-domestico.shtml

Barbosa diz que país tem "partidos de mentirinha" e critica Congresso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em 20 de maio p.p., durante palestra na abertura de Semana Jurídica do Instituto de Educação Superior (IESB), criticou a representação partidária no país. Segundo ele, os partidos são de "mentirinha". Ele também afirmou que atualmente o Congresso é "inteiramente dominado" pelo Executivo.

Ao ser perguntado por aluno sobre críticas de interferência do Judiciário no Legislativo, Barbosa disse que partidos "querem o poder pelo poder".

"Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E nem pouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder."

Para o presidente do STF, a falta de representação partidária faz o Congresso ter "ineficiência pela sua incapacidade de deliberar".

Ele completou, ainda, que outro problema do Congresso é o fato de ser submetido ao Executivo. "O problema crucial brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é inteiramente dominado pelo Poder Executivo. [...] Temos um órgão de representação que não exerce em sua plenitude o poder que a Constituição lhe atribui, que é o poder de legislar."

Joaquim Barbosa disse que uma saída para a falta de representatividade no Congresso seria a adoção do voto distrital, sistema no qual o país é dividido em distritos e é eleito o mais votado daquele distrito. Atualmente, a eleição para a Câmara é proporcional e leva em conta os votos recebidos pelo partido.

"Passados dois anos da eleição ninguém sabe mais em quem votou. Isso vem do sistema proporcional. A solução seria a adoção do voto distrital para a Câmara dos Deputados. [...] Hoje temos um Congresso dividido em interesses setorizados. Há uma bancada evangélica, uma do setor agrário, outra dos bancos. Mas as pessoas não sabem isso, porque essa representatividade não é clara."

Fonte: G1