quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um jovem negro que passar pelo Taquaral será tratado como "suspeito"

Qual a cor de Carlinhos Cachoeira?
Qual a cor de Carlinhos Cachoeira?

Após ler estarrecida a ORDEM DE SERVIÇO abaixo, assinada por um capitão da PM da cidade de Campinas quero saber como formalizar um pedido de vigilância do mesmo teor para a PM de Campinas.

Quero também formalizar um pedido para que os moradores do Taquaral passem por um curso de reeducação, pedido este baseado na violência histórica que a população negra sofreu numa cidade que é o que é porque foi um centro escravagista.
cida a ORDEM DE SERVIÇO abaixormaliz
Quero uma ordem de serviço que faça a polícia entender que ela existe PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE TODOS e não para ser tratada como capitão do mato a serviço de uma elite de mentalidade escravagista. de Campinas. Quero também formalizar um pedido para que os moradores do Taquara
Nesta ordem de serviço, o capitão do mato, ops! da PM Paulista em Campinas, com seu sobrenome italiano, demonstra a longa duração de práticas e discurso do domínio senhorial dos coronéis e barões de café que habitaram aquela cidade no século XIX: Ubiratan continua a reproduzir a lógica escravocrata que tornou Campinas (com seu rico Taquaral) uma cidade rica: negro é a cor da suspeição, os negros formam a ‘classe perigosa’ quando desejam experimentar a liberdade, quando não podem mais ser mantidos como seres escravizados

É tão inacreditável ler um documento oficial redigido por aqueles que deveriam cuidar de nossa segurança pública e constatar que eles não fazem a menor cerimônia de lombrosianamente classificar pretos e pardos como ‘suspeitos’ que li e reli pra ver se não se tratava de uma montagem.e reeducação, pedido baseado na volência histórica que a sofreu numa cidade que   é porque foi um tro escravagista.

Pensando que 70% dos jovens de 15 a 24 anos assassinados são negros ( a grande maioria sem ficha criminal); pensando que a cor dos filhos chorados pelas mães de maio em sua maioria são negros; pensando que a cor dos chacinados nos Jardins Ângela e nos Capões Redondos das periferias de SP são negros, esta polícia deve considerar que  ’só’ tratar como ‘suspeitos’ pretos e pardos já estarão saindo no lucro.

Trinta anos de neoliberalismo em nosso estado reduzindo políticas públicas, vilipendiando salários, reduzindo segurança pública a policiamento ostensivo de gente mal preparada talvez consiga explicar tamanho absurdo racista.

Fonte: Maria Frô

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