quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ministro Joaquim Barbosa diz sofrer ataques 'velados e covardes'

Eu não me empolgo com essa notoriedade. Os políticos me odeiam por isso, disse ele. Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação

      Ministro relator da Ação penal 470 (mensalão) Joaquim Barbosa  
      Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação

O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, voltou a afirmar, durante a sessão de julgamento desta quinta-feira (6), que foi vítima de ataques “velados e covardes” em razão de sua atuação na relatoria da ação penal.

“Espero que nunca esqueçamos os ataques de que fui objeto durante estes sete anos. Ataques velados, covardes, mas sempre tendo como pano de fundo este processo”, disse o ministro, após fala do decano (ministro com mais tempo de STF) da corte, Celso de Mello, sobre a atuação dos ministros do tribunal no processo.

No início do julgamento do processo do mensalão, Barbosa chegou a pedir que o tribunal encaminhasse representação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra os advogadosde alguns réus, mas os demais ministros rejeitaram.

“Afirmam que eu teria agido de forma parcial no processo, proferindo decisões de forma midiática. Ultrapassam o limite da deselegância e da falta de lealdade que se exige de todos os atores do processo, se aproximando da pura ofensa pessoal,” afirmou o ministro na ocasião.

O relator do processo, Joaquim Barbosa, afirmou que foi “até generoso” com os réus, para garantir amplo direito de defesa.

“O processo foi conduzido com total transparência. Não só os ministros dessa corte, mas a imprensa acompanhou todo o andamento desse processo nos últimos sete anos. Os atos foram até generosos na perspectiva do devido processo legal.”
Barbosa destacou que os réus deixaram de praticar ato importante à defesa e ele mandou repetir. “Réus deixaram de indicar testemunhas e mandei que atualizassem endereços para que os atos pudessem ser praticados renovadamente. O Ministério Público teve um mês para apresentar as alegações finais e os réus tiveram três meses”, destacou.

Fonte G1

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