quinta-feira, 8 de setembro de 2011

8 de Setembro Dia Internacional de Luta contra o Analfabetismo

Brasil: 14,6 milhões de analfabetos

De acordo com os últimos dados do IBGE, o Brasil ainda possui quase 15 milhões de analfabetos e, o que é pior, alcança uma parcela representativa de adolescentes.

Por isso que vale prestar atenção ao Dia Internacional de Combate ao Analfabetismo, nesta quinta-feira (08.05), data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O analfabetismo sobrevive em pleno século 21, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.

Milhões de indivíduos – particularmente mulheres – não têm acesso ao direito mais básico da educação: a alfabetização. Há também outros que, mesmo sabendo ler e escrever frases simples, não possuem as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente.

No Brasil a situação preocupa com 14,6 milhões de pessoas analfabetas, de acordo com os dados do Censo-2010, do IBGE. O Distrito Federal, nesse particular, está de parabéns: possui o menor índice de analfabetismo do Brasil, 3,25% da população. Alagoas é o Estado da Federação com mais analfabetos, segundo ainda o IBGE, 22,25% da população. Mesmo tendo a menor taxa de analfabetismo do Brasil o DF luta para reduzir ainda mais os números que, comparados com os de países desenvolvidos, ainda são elevados.

População mundial, 20% de analfabetos

Segundo a UNESCO, 20% da população mundial ainda é analfabeta. A alfabetização é a porta para a educação, que deve ser mantida aberta ao longo de toda a vida. O dia da alfabetização foi instituído pela Organização das Nações Unidas para lembrar esse desafio e ao mesmo tempo homenagear aqueles que se dedicam, freqüentemente em condições difíceis, à missão de alfabetizador.

A situação da educação no Brasil apresentou melhorias significativas na última década: houve queda da taxa de analfabetismo e aumento da escolaridade média e da freqüência escolar. As estratégias de combate ao analfabetismo no Brasil devem diminuir o índice entre na população jovem e adulta, encaminhando-os para continuarem seus estudos. Também é preciso melhorar a qualidade de ensino básico, de forma a garantir que todas as crianças sejam efetivamente alfabetizadas, progridam normalmente nas séries e aprendam.

A situação no Brasil

De acordo com o Censo 2010, entre mais de 162 milhões de brasileiros com mais de dez anos de idade, 9,02% deles, ou seja, 14,6 milhões não sabem ler nem escrever. Dessas pessoas, 9,4 milhões vivem em cidades e 5,2 moram em áreas rurais. A região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo, com 17,6% da população, seguida da região Norte, Centro-Oeste e Sudeste com mais de dez anos de idade. A região Sul tem o menor índice de analfabetismo, 4,7%. Alagoas é o estado com maior índice de analfabetismo, 22,52%!

Uma análise detalhada do Censo do IBGE, feita recentemente pelo jornal “Folha de S. Paulo” mostra que, apesar de quase R$ 3 bilhões investidos pelo governo federal na alfabetização de adultos, uma vez completados 20 anos de idade, foram poucos os analfabetos que aprenderam a ler e escrever entre 2000 e 2010. A erradicação do analfabetismo na década passada era meta do Plano Nacional de Educação.

No total da população de 15 anos ou mais, a proporção de iletrados caiu de 13,6% para 9,6%. Essa redução, no entanto, ocorreu principalmente entre crianças e jovens. Entre os brasileiros que começaram a década passada entre 20 e 49 anos, os avanços foram residuais. De acordo com dados do censo, em 2000, esse grupo tinha taxa de analfabetismo de 10%. Dez anos depois, portanto, com idades de 30 a 59 anos, essa geração terminou a década com proporção de 9,5% de analfabetos, queda de 0,5 ponto percentual.

Para o ministro Fernando Haddad (Educação), a maior dificuldade na alfabetização de adultos hoje é que ela está concentrada no meio rural. Ele argumenta que o problema não está na oferta, mas na falta de demanda por parte de uma população ocupada principalmente em atividades agrícolas. “Se considerarmos apenas a população de 15 a 59 anos nas cidades, a taxa de analfabetismo é de cerca de 5%. No meio rural, essa proporção se aproxima de 20%.”


Fonte:Blog do Max

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