quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Nunca passei por uma humilhação como essa em minha vida", Nuhu Ayuba

Estudante nigeriano Nuhu Ayuba recebe apoio dos colegas universitários
 
                                                                                       Elenice Semini
 
 Petição Pública
 
"Nós estudantes do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão", é maravilhoso saber que o estudante nigeriano Nuhu Ayuba, tem  apoio e solidariedade dos jovens estudantes  do curso de Engenharia Química da Universidade do Maranhão/UFMA, no combate a mentalidade escravocrata, forjada nos quatro séculos de escravidão ocorrida em nosso país. 
O que era individual transformou-se em ofensa coletiva.
Esta ação demonstra o atraso, o desrespeito à dignidade humana.O professor Jose Cloves Verde Saraiva, demonstra a necessidade de reeducar-se urgentemente com aulas de  Cidadania e Direitos Humanos.
 
O estudante afirma ter escutado frases como “quantas onças você caçou no seu país?” e “você veio para cá em navio negreiro?”, "somos de mundo diferente", "aqui diferente da África somos civilizados". 
 
São palavras de intolerância e ódio dentro de uma universidade. Os alunos reconheceram, a ofensa  à honra do aluno, na atitude racista e opressora  deste professor, que pode ter em sua árvore genealógica ascendência nigeriana, a maior parte dos escravizados africanos no Brasil,  provinham de lugares como Angola, Guiné, Benin, Nigéria e Moçambique.
 
“Nunca passei por uma humilhação como essa na minha vida, me senti muito mal. Essa pessoa não sabe o que faz, e é só ele que faz isso. As outras pessoas aqui gostam de mim, me querem muito bem", declara o estudante natural de  Bauchi, a nordeste de Abuja, a capital da Nigéria.
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