quarta-feira, 30 de março de 2011

Preconceitos na TV humor ou desrespeito à dignidade humana?

O que é humor e qual a finalidade de determinadas apresentações em programas  ofertados à famílias brasileiras na TV? O programa "CQC" contribui para estraçalhar preconceitos? O programa CQC tem a finalidade de proporcionar aos telespectadores momentos de lazer, diminuição de preconceitos ou se pauta sómente pela audiência e polêmicas desrespeitosas Custe o Que Custar?
Preta Gil, cantora filha de Gilberto Gil cantor e ex Ministro da Cultura do Brasil, está abalada com as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PPS).
O advogado da cantora Preta Gil Ricardo Brajterman, afimou que fará uma representação ao Ministério Público por crime de intolerância racial e homofobia, na área  criminal. No Cível, vai impetrar  ação por danos morais e irá notificar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Brajterman, declarou à imprensa que a cantora não assistiu ao programa e tomou conhecimento das declarações desrespeitosas pela internet e ela,  chorou quando ouviu declarações do parlamentar.
No twitter a cantora Preta Gil desabafou: “Queridos quando gravei o quadro pro CQC, O Povo Quer Saber, a produção me pediu que fizesse uma pergunta ao Deputado Jair Bolsonaro. Fiz a pergunta e não vi a resposta dele, mas voces estão me escrevdo e já estará no youtube, meu advogado já me ligou e iremos avaliar o que foi dito, e se me sentir lesada e ofendida irei sim entrar com um processo contra ele, pelo que li, foi grave o que ele falou, não farei somente por mim e pela minha família que foi ofendida e caluniada por ele, mas por todos os Negros, e Gays desse País. Racismo é crime! E ele assume que o é! E conto com o apoio de vocês, e na realidade, vamos agradecer ao CQC que nos deu a Prova maior! Advogado acionado, sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês”.
A TV Bandeirantes exibiu na noite de segunda-feira no programa humorístico CQC, apresentado por Marcelo Tass, o quadro “PQS”  “O Povo Quer Saber” , onde o deputado  Jair Bolsonaro (PPS), foi   entrevistado  por anonimos e famosos respondendo  a uma série de perguntas.
Confira no vídeo abaixo:

terça-feira, 29 de março de 2011

Violência e corrupção policial são questões “crônicas” afirma, presidente do Supremo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso participou em São Paulo do I Seminário Sobre Segurança Pública, no auditório da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), com presença de estudantes, advogados, militares, delegados.

No seu pronunciamento Peluso criticou a reiteração de casos de corrupção e violência."São graves problemas da área de segurança, a questão crônica da violência e corrupção. Na Bahia, o governo não pagou a conta e a delegacia ficou sem luz.Em São Paulo, policiais fiscalizando o secretário de Segurança (Antonio Ferreira Pinto)." "No Amazonas, tivemos um grave acontecimento em que policiais militares tentaram assassinar um jovem desarmado. Foram flagrados por uma câmera e o jovem se salvou por má pontaria e incompetência policial."
O adolescente MPC de 14 anos,em 17 de agosto de 2010, desarmado foi detido, acuado e alvejado com três tiros. O crime teve o envolvimento de 7 policiais, um deles o soldado Wilson Henrique Ribeiro da Cunha está foragido.Os outros seis Pms estão detidos em um batalhão.
O ministro Cezar Peluso defendeu a unificação da polícia Civil e Militar, lembrou que a fusão poderia melhorar o desempenho das corporações.
Presídios: O ministro Peluso afirmou que o sistema prisional vive "um fracasso incontestável senão falência mesmo, há 475 mil encarcerados em condições sub humanas, alguns em masmorras medievais."

sábado, 12 de março de 2011

Obama e a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres nos EUA

Presidente Barack Obama sancionou na Casa Branca, frente às câmaras de televisão, ao vivo,  em  29 de janeiro de 2009, a Lei  Lilly Ledbetter, com aprovação do Congresso.
“Com a assinatura desta lei, estamos defendendo um dos primeiros princípios desta nação; que somos todos iguais e que temos direito a perseguir  nossa própria versão da felicidade”, afirmou o presidente Barack Obama.

AP

Lilly Ledbetter, trabalhou como supervisora da empresa de pneus Goodyear Tire and Rubber Company em Gadsden, no Alabama. Durante 15 anos  a empresa pagou-lhe 40% menos que aos homens que exerciam a mesma função.
Ledbetter que tomou conhecimento da diferença salarial  próximo à aposentadoria, decidiu processar a empresa. Na decisão um júri  reconheceu seu direito à igualdade salarial, mas a Suprema Corte Americana (2007) em votação por 5 a 4 rejeitou o pedido sob a alegação na demora para propositura da ação.A Suprema Corte decidiu que o prazo limite para propositura da ação seria 180 dias a contar do primeiro cheque com a diferença salarial que recebeu.
A Lei assinada pelo presidente Barack Obama, a primeira de seu governo suprimiu esta decisão, que foi saudada pelas mulheres, por conceder uma vitória dos direitos trabalhistas das mulheres, garantindo a igualdade de salários, uma das reivindicações de sindicalistas e eleitoras.
A diferença salarial entre homens e mulheres, é de aproximadamente  23%  e trabalhadoras de minorias raciais recebem menos.
A nova lei reverteu  a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos e facilita os processos judiciais em casos de discriminação sobre salários relacionados à raça, sexo, idade, religião ou país de origem.
“Assinar este projeto de lei  hoje envia uma clara  mensagem,  a de que fazer nossa economia  funcionar significa garantir que ela funcione para todos, que não existem cidadãos de segunda classe no local de trabalho”, afirmou o presidente.
Durante a campanha presidencial a  igualdade de salários foi uma da reivindicações de eleitoras e sindicatos trabalhistas.
Presidente Barack Obama afirmou que: “Ledbetter ” trabalhou duro e bem” e  no entanto, ganhava menos que seus companheiros homens, em torno de US$ 200 mil durante seus 20 anos na empresa. A história de Ledbetter é a “das mulheres de todo o país que ainda ganham US$ 0,78 por cada dólar ganho pelos homens, número é ainda inferior no caso das negras”
“Não é um tema de feminismo, mas de justiça familiar, porque a discriminação salarial faz com que as famílias tenham menos dinheiro para educação, saúde ou para sua própria aposentadoria, algo importante nestes tempos de crise.” Afirmou o Presidente  Barack Obama.
Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

Silvia Camurça: Dilma, a pobreza e as mulheres

Silvia Camurça (*)

A presidenta Dilma tem afirmado como orientação estratégica de seu governo o combate à pobreza e à erradicação da miséria. Muito bom, muito melhor do que se fosse o crescimento do PIB. Mas, longe de ser transparente, esta afirmação ainda guarda enormes ambiguidades, podendo significar toda sorte de medidas: desde o controle do número do nascimento dos pobres, para os que defendem a doutrina malthusiana (e ainda há quem defenda), até a profusão de cursos profissionalizantes, para aqueles que pensam, ingênua ou cinicamente, que a pobreza é causada pela falta de estudo.

A pobreza, como sabemos, não é um câncer, nem um mosquito ou erva daninha, que pode ser extirpado num grande mutirão, reunindo todo o mundo. Não, a pobreza é uma situação, uma condição de vida, imposta para milhões de pessoas pela força das relações de exploração sobre o trabalho, mas também pela política econômica, pela regulamentação tributária, pela política de ocupação das terras, rios, mares e praias, pela concessão de benefícios fiscais, pelos projetos de desenvolvimento, enfim, por muitas variáveis reguladas pelo Estado e gerenciadas pelos governos, e que produzem e reproduzem acumulação das riquezas nas mãos de uns, em detrimento da maioria, e favorecem o capital.

Como é sabido, no capitalismo, o combate à pobreza, exige medidas como controle de capitais, impostos maiores para os mais ricos, taxação de grandes fortunas, de heranças, e sobre lucros. Todas estas são formas, conhecidas, testadas e aprovadas, para retirar um pouco dos que têm mais e re-distribuir para os que não têm nada – na forma de serviços públicos ou de assistência social, transferência de renda, seguro desemprego e outros meios. Mas disso, tenho certeza, Dilma entende. E sabemos, que essas políticas dependem da correlação de força no Congresso, na mídia, e no próprio governo.

Contudo, na perspectiva feminista, esta diretriz do Governo pode conter ainda mais ambiguidades. Foi sobre as mulheres que se fez o controle de natalidade em nome de combate à pobreza, nos anos 1970.

Mas esse tempo não acabou. Nos primeiros meses do primeiro Governo Lula, o tema voltou à baila com uma proposta, felizmente derrotada dentro do próprio governo, de associar o Bolsa Família ao uso de método contraceptivo. Saímos em grita muitas de nós, a Articulação de Mulheres Brasileiras uma delas, com o manifesto “A pobreza não nasce da barriga das mulheres”. Não penso que este risco estaria colocado agora. Mas começo de governo é sempre tempo de disputa de rumos para as políticas públicas. E cada ministério terá de interpretar esta diretriz para seu mandato, o que abre margem a muitas propostas.

A pobreza é maior entre as mulheres. Recebemos menos que os homens no mercado de trabalho, somos a maioria em contratos precários de trabalho. E nas muitas ocupações informais, somos as que recebem os menores valores de benefícios previdenciários. Mas, temos certeza, não será apenas com o Bolsa Família que iremos superar esta situação. A mais perfeita tradução para uma estratégia de combate à pobreza entre as mulheres são políticas promotoras da autonomia. Isto quer dizer política de aumento continuado do salário mínimo; investimentos em equipamentos para reduzir o impacto da divisão sexual do trabalho, que sobrecarrega as mulheres; garantias do acesso à terra e a meios de produção, moradia e trabalho, e, acima de tudo, muitas creches, boas e em grande quantidade, nas cidades, no campo e na floresta – um desafio em tempos de cortes no orçamento.

Contudo, no Governo Dilma, o maior desafio para garantir políticas promotoras de autonomia para as mulheres será, sem dúvida, enfrentar os religiosos conservadores. Estes estão à espreita desde o final da campanha eleitoral e rearticulados faz tempo. Estão se apropriando dos fundos públicos por meio da gestão dos orçamentos de serviços de educação e de saúde, por todo o país. São as famigeradas fundações sociais, muitas das quais, sob controle de grupos com orientação religiosa fundamentalista, tentam implementar suas próprias diretrizes na orientação dos serviços. E aí, o foco não terá nada a ver com autonomia das mulheres, mas com a conhecida associação materno-infantil, orientação política que percebe as mulheres apenas na sua condição de mãe, situação que não é de todas e nem durante toda a vida de todas as mulheres.

Silvia Camurça, é socióloga, educadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia e integra a Coordenação Nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras
Fonte: Vi o Mundo

sábado, 5 de março de 2011

Mulheres ganham 76% do salário pago aos homens

Embora a participação das mulheres no mercado de trabalho tenha crescido na última década, com grau de instrução superior ao dos homens, os salários delas continuam sendo menores, de acordo com estudo realizado pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na região metropolitana de São Paulo.

Segundo o levantamento, as mulheres ganham 75,7% do valor pago aos homens para o desempenho das mesmas funções. A diferença de remuneração, entretanto, caiu se comparado ao ano de 2000, já que naquela época o salário das mulheres equivalia a 73,6% do salário dos homens.

Nos cargos com nível superior completo, a diferença de remuneração entre homens e mulheres é maior: elas recebem 63,8% do valor pago a eles para  as mesmas funções, menos que em 2000, quando esse percentual era de 65,2%.

Na última década, a escolaridade das mulheres melhorou, com 17,1% das profissionais apresentando ensino superior completo. Em 2000, esse percentual era de 12,9%. Entre os homens, apenas 13% apresentam nível superior completo, embora tenha havido um avanço frente aos 10,8% registrados no início da década passada.

Entre 2009 e 2010, a participação feminina no mercado de trabalho (proporção das mulheres com idade acima de dez anos em situação de ocupadas ou desempregadas) subiu de 55,9% para 56,2%, enquanto que para os homens, o indicador ficou praticamente estável, passando de 71,5% para 71,6%.

A taxa de desemprego total entre as mulheres diminuiu pelo sétimo ano consecutivo em 2010, passando de 16,2% em 2009 para 14,7%. "Para a população feminina foram gerados 163 mil postos de trabalho, volume suficiente para absorver as 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho metropolitana e reduzir em 64 mil o contingente de desempregadas", destaca o estudo.

O resultado, de acordo com as entidades, reflete a melhora na educação das mulheres. Se em 2000 a maior parte da População Economicamente Ativa (PEA) com nível superior era composta por homens (51,3%), hoje essa posição é ocupada pelas mulheres (53,6%).  

Fonte: Valor

sexta-feira, 4 de março de 2011

EUA criticam racismo no Brasil

A reputação internacional do Brasil de país tolerante na questão racial é manchada pela discriminação contra negros, na opinião de diplomatas americanos que revelam, em telegramas passados ao GLOBO pelo WikiLeaks, a preocupação dos Estados Unidos com o racismo brasileiro.

Um pacote de 25 telegramas da embaixada dos EUA em Brasília e do consulado em São Paulo, de 2004 a 2009, mostra que os americanos creem que os brasileiros não dão a devida atenção ao assunto. "Muitos alegam que o racismo não existe, apesar das evidências esmagadoras do contrário", diz um telegrama.

"A discriminação contra afro-brasileiros mancha a reputação internacional do Brasil de país tolerante e lar acolhedor para centenas de grupos indígenas e imigrantes de todos os cantos do mundo", afirma outro.

Os americanos questionam a vontade dos brasileiros de tomar atitudes em relação à discriminação, afirmando que os setores público e privado têm obrigação de dar passos sérios para acabar com as dificuldades sociais e econômicas pelas quais os negros passam.

"A verdadeira questão é se os brasileiros, como um todo, estão prontos para reconhecer o problema e estão dispostos a agir", diz outro telegrama.

Os americanos também afirmam que 50% dos brasileiros seriam considerados negros nos EUA. Outro telegrama lembra a declaração polêmica da ex-ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial do governo federal, que, em 2007, disse que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".

Para um diplomata dos EUA, a declaração ajudou a chamar a atenção para o assunto. 

Fonte: O Globo

quinta-feira, 3 de março de 2011

Obama diz que Khadafi perdeu legitimidade e deve deixar o poder

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que o líder líbio, Muamar Khadafi, “perdeu a legitimidade e deve deixar o poder”.

Em uma das declarações mais fortes que faz até agora contra o regime da Líbia, Obama afirmou que a saída de Khadafi é “melhor para seu povo e para seu país” e que seus colaboradores “devem entender que eles serão monitorados e responsabilizados” por atos de violência contra a população.

“As exigências do povo líbio de liberdade, democracia e dignidade têm de ser atendidas”, disse, em coletiva em Washington, ao lado do presidente mexicano, Felipe Calderón.

O americano também aprovou o uso de aeronaves militares e civis dos Estados Unidos para repatriar estrangeiros que fugiram do confronto líbio e que estão na fronteira e voltou a pedir o fim da violência no país.

Acredita-se que entre 80 e 90 mil pessoas já tenham fugido para a Tunísia desde o início dos protestos na Líbia, e dezenas de milhares ainda estão esperando para cruzar a fronteira, de acordo com a ONU.
Hillary

O chamado de Obama pela renúncia de Khadafi – que lidera a Líbia desde 1969 – repete declaração de sua secretária de Estado, Hillary Clinton, no início da semana, quando pediu que o líder líbio deixasse o poder, “sem mais violência, nem atrasos”.
Obama disse que “todas as opções” serão avaliadas para lidar com a situação líbia, em conjunto com a comunidade internacional.

Na Europa, Grã-Bretanha e França indicaram que apoiam o plano de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia para impedir que as forças leais a Khadafi lancem ataques aéreos em áreas tomadas pelos rebeldes.

Nesta quinta-feira, aviões da Força Aérea lançaram ataques contra alvos no leste do país, região que foi tomada pela oposição ao longo dos protestos que estão em curso no país desde a metade de fevereiro. Khadafi prometeu lutar para reconquistar a região.

Enquanto isso, o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional, Luiz Moreno Ocampo, anunciou que investigará Khadafi, seus filhos e seus principais assessores por crimes contra a humanidade.


Fonte BBC Brasil

Brasil investe 71% menos no Fundamental que país rico

Gasto é de R$ 2.659 por aluno; comparação está em relatório da Unesco

Órgão da ONU para a educação leva em conta dados de 2007, quando valor investido foi 102% maior do que em 2000

Embora venha aumentando o investimento, o Brasil ainda gasta pouco em educação se comparado a países desenvolvidos.
Relatório divulgado ontem pela Unesco (braço da ONU para educação) mostra que o Estado brasileiro investe US$ 1.598 (R$ 2.659) por ano em cada estudante dos quatro primeiros anos do ensino fundamental. É menos de um terço (28,76%) dos US$ 5.557 (R$ 9.246) investidos por países desenvolvidos.
Os dados são de 2007, e a comparação considera o poder de compra das moedas.
Em reais, números do Inep (instituto ligado ao Ministério da Educação) mostram que o investimento público por aluno nessa etapa de ensino foi de R$ 2.761 em 2008.
Apesar de baixo se comparado ao mundo desenvolvido, o valor cresceu nos últimos anos e está 102% maior do que em 2000.
Em números gerais, o Brasil gasta um montante similar aos países ricos em educação: 5,3% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com o relatório. Mas, como muitas vezes tem o PIB menor ou mais estudantes, o gasto por aluno acaba ficando pequeno.

88º
O documento mostra também que o Brasil continua no 88º lugar no ranking de desenvolvimento educacional, atrás de países mais pobres, como Bolívia e Equador.
Nas primeiras colocações, estão Japão, Reino Unido e Noruega. A lista leva em conta quatro pontos: matrículas no ensino primário, taxa de analfabetismo, igualdade de gênero na educação e percentual de alunos que chegam ao 5º ano (no caso do Brasil, foi considerado o quarto ano).
Caso só os três primeiros fossem considerados, o país estaria na lista de alto desenvolvimento educacional, mas cai posições devido ao último O relatório não diz qual é o percentual de alunos que chegam ao 5º ano. Cita que o índice é o mesmo do documento de 2010 (0,756), que correspondia a 75,6%. O dado, porém, se referia a 2004.

NÚMEROS DEFASADOS
O ministro Fernando Haddad (Educação) disse que irá estudar o documento da Unesco, mas afirmou que é preciso fazer a ressalva de que relatórios internacionais muitas vezes utilizam dados defasados.

Fonte:Folha de São Paulo (SP)
UNESCO: Education for All Global Monitoring Report

Unesco Divulga o Relatório de Monitoramento Global de Educação 2011

A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), divulgou em 01 de março, o Relatório de Monitoramento Global 2011. O documento acompanha o compromisso Educação para Todos (EPT), assumidos por 164 países entre eles o Brasil, para melhorar a qualidade da Educação no mundo até 2015.
Assinado em 2000 durante a Conferência Mundial de Educação em Dakar, no Senegal o compromisso estabelece seis objetivos que devem ser atingidos pelos signatários até 2015:

ampliar a Educação para a primeira infância,

universalizar o acesso à Educação básica,

garantir o atendimento de jovens em programas de aprendizagem,

reduzir m 50% a taxa de analfabetismo,

eliminar as disparidades de genêro no acesso ao ensino,

melhorar a qualidade da educação,

O indice,  criado para medir o desempenho dos países em relação ao cumprimento destas metas coloca o Brasil na 88º posição. No topo da lista estão Japão, o Reino Unido e a Noruega. O Chile, o Uruguai e a Argentina são os latino-americanos que fazem parte da lista com alto indice.

Leia mais sobre o relatório no site da  Unesco
Acesse o PDF com o relatório
http://unescodoc.unesco.or...019/?001911/191186POR.pdf

Fonte: Eduardo Dias. Blog: Todos Pela Educação

Todos Pela Educação. "Crise Escondida"

A educação é uma grande força para a paz, mas também pode ser um vetor de guerra.

As crianças e os sistemas de ensino estão frequentemente no fogo cruzado de um conflito violento. Relatório de Monitoramento sobre Educação para Todos Global 2011 (apresentado em 01 de março), intitulado Uma crise escondida: Conflitos armados e a educação, discute as consequências prejudiciais do conflito para a realização das Metas de Educação.Edulnfo, entrevistou seu diretor Kevin Watkins

Kevin Watkins é diretor  do EPT da UNESCO Relatório  Mundial de Monitoramento de Educação.

Porque o Relatório Mundial de Monitoramento de Educação para todos no mundo centra sua atenção nos conflitos armados?

Kevin Watkins. Conflitos privam  milhões de crianças da escola que poderia tirá-las da pobreza. São um obstáculo consideravel para a EPT, especialmente nos 35 países que sofreram na década que termina em 2008, a maioria dos quais são países de baixa renda e estão no grupo de menor renda média.

A educação é uma grande força para a paz, mas sabemos que também pode ser um vetor de guerra. Os sistemas educacionais podem inflamar as tensões e preconceitos. Quando o conflito termina, é importante assegurar que os currículos e livros didáticos tomaram conhecimento das queixas que podem reavivar as chamas da guerra.

O conflito pode ter impacto sobre os sistemas educativos?

Kevin Watkins. Os conflitos tem consequências desastrosas para os sistemas educativos. Os países pobres afetados por conflito têm as menores taxas de alfabetização, maior desigualdade de gênero e representam 42% de todas as crianças que estão fora da escola no mundo.

Esta é a "crise escondida", a que se refere o título do relatório.

Dois terços das pessoas deslocadas pelo conflito são menores de 18 anos de idade enfrentam enormes obstáculos na obtenção de educação.  Em última instância, os conflitos são prejudiciais à educação e destróem as economias,  aumentam a pobreza e desviam recursos públicos da educação para gastos militares.

O que podem fazer os governos e os doadores de ajuda?

Kevin Watkins. Os governos devem proteger as crianças em idade escolar que se encontram na frente de batalha. Devem proteger as escolas de violência e abuso que estão prejudicando o trabalho educativo. E onde os governos não têm a capacidade ou a vontade de agir, a comunidade internacional deve assumir.

Além disso, após um conflito, os governos podem agir rapidamente para reconstruir o sistema educacional por meio de medidas como a abolição das taxas escolares, construção de escolas, contratação e treinamento de professores e criação de sistemas de gestão ao longo do tempo. 

Apenas 2% do valor de  ajuda dos doadores se destina a educação. Os doadores devem distribuir o risco e reduzir os custos, para que as crianças afetadas por conflitos tenham mais possibilidades de frequentar a escola.

Que função deve desempenhar a comunidade internacional e o sistema das Nações Unidas?

Kevin Watkins. A comunidade internacional deve abolir a  cultura da impunidade que cerca os abusos sexuais e outras formas de violações, o que causa enormes prejuízos ao trabalho educativo. O relatório apela para a criação de uma comissão internacional sobre todas as formas de violência, com o apoio do Tribunal Penal Internacional. É preciso também que a comunidade internacional realize esforços mais vigorosos para apoiar a função da educação na construção da paz,  através do Fundo de Consolidação da Paz e demais organizações, entre elas a UNESCO.
 25.02.2011 
Fonte: UNESCO Educação
http://www.unesco.org/
ES